A aventura de ser mãe nos dias de hoje!


REFLUXO

31/05/2013 17:19

                Nossa que saudades de escrever.....desculpem é que minha vida esta uma loucura!!

                Graças a Deus as crianças estão ótimas, saudáveis e felizes. Estou arrumando minha mudança e meus projetos "faça você mesmo" tomaram muito do meu tempo livre, mas valeu apenas (depois de tudo arrumado posto fotos).

                Uma mãe muito querida de primeira viagem pediu para eu escrever um pouco sobre refluxo, tema mega importante que eu já devia ter escrito antes.

                Meus três filhos não tiveram refluxo, o Matheus regurgitou mais que os outros dois, principalmente quando estava pronto para sair na porta de casa (é sempre assim....kkkkkk). Nesta fase não tem muito o que fazer a não ser ter várias mudas extras de roupa e alguns cuidados como deixar a criança no colo em pé por pelo menos 10 minutos após as mamadas e deixar a cabeceira do berço elevada.

 

 

                Encontrei um questionário com 20 perguntas sobre refluxo, quem respondeu foi o Pediatra  DR. Cecim El Achkar, espero que ajude as mamães que estão passando por essa situação.

 

01 – O que é refluxo gastroesofágico (R.G.E.)?

Refluxo gastroesofágico é a volta do conteúdo do estômago para o esôfago. Ele aparece através do vômito (quando o leite volta coalhado), pode vir acompanhado de regurgitação (quando o leite reflui, isso é, volta sem ser coalhado) e também pode ser sem vômito.

 

02 – O RGE é anormal?

O refluxo por si só pode ser normal. Quando a criança vomita muito pode levar à desnutrição (não ganho de peso pelos vômitos), a processos respiratórios, tais como: pneumonia, bronquite e outras infecções respiratórias (leite pode refluir para o pulmão), e esofagite (inflamação do esôfago, devido ao refluxo do conteúdo ácido do estômago).

 

03 – Qual o maior risco de refluxo nos primeiros meses de vida?

O maior risco é a aspiração dos alimentos para o pulmão, e a consequente morte por aspiração maciça. É comum bebê que mama durante a noite, de manhã, quando a mãe vai vê-lo, estar morto. Os bebês, nos primeiros meses, devem deitar de  cabeceira mais alta, de barriga para cima ou de lado esquerdo e os pais sempre de olho, porque o bebe pode regurgitar até 5 horas após ter mamado, sem travesseiro, ou de lado, nunca deitados de barriga para cima.

 

04 – Quais são os outros problemas clínicos que as crianças com refluxo podem apresentar?

Dor de barriga, náusea, falta de apetite, problemas respiratórios, como bronquites, bronquiolites, infecções de ouvido. Aumentos exagerados das amígdalas e das adenóides.

 

05 – Quais são as causas do refluxo (R.G.E.)?

O refluxo é o resultado de uma válvula localizada na entrada do estômago, chamada Cárdia, que, nas crianças com refluxo, é incontinente, isso é, não fecha depois da criança se alimentar, e, como consequência, ocorre a volta do alimento ou do conteúdo gástrico do estômago para o esôfago. Esse pode ocorrer logo após o nascimento e ir aumentando de intensidade, se não for tratado adequadamente, podendo evoluir para uma esofagite, que é uma inflamação produzida pelo ácido do estômago, ou até uma hérnia hiatal. Os sinais são tosse, choro, até mesmo na hora de evacuar, assim como apertar a barriga na troca de fraldas, quando a pressão do estômago é maior, ocorrendo o refluxo.

 

06 – Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico se faz através da história clínica do paciente (presença de vômitos e/ou processos pulmonares e respiratórios frequentes, falta de ganho de peso, dores abdominais e choros persistentes), estudos radiológicos (exame contrastado de esôfago e estômago) e, mais recentemente, através de um exame denominado pHmetria.

 

07 – A criança já nasce com a doença do refluxo, ou ela irá se manifestar com o tempo?

Todas as crianças nascem com a válvula do esôfago não bem desenvolvida. Até os dois meses (idade em que a válvula acaba de desenvolver), é normal que a criança tenha refluxo sem outros sintomas. A partir dessa idade, se a criança vomita muito, chora constantemente ou apresenta problemas respiratórios, deve-se pensar em refluxo e pesquisá-lo, pois não terá um desenvolvimento saudável e causará maiores problemas à criança.

 

08 – Como se trata o refluxo?

O tratamento é, basicamente, clínico. O principal é a posição semi-sentada durante 24 horas. A criança deve se alimentar na posição semi-sentada, assim como dormir. A dieta deve ser do tipo mingau e fracionada, isso é, dar, mais vezes, menos quantidade. O leite deve ser dado como mingau. O tratamento medicamentoso é feito com o objetivo de esvaziar o estômago mais rapidamente. Quando a criança tem processo inflamatório, usa-se antiácidos ou outras drogas mais modernas.

 

09 – Como deve ser a alimentação das crianças com o refluxo? Que alimentos devem ser evitados?

A alimentação das crianças com o refluxo deve ser fracionada (volumes pequenos, servidos várias vezes ao dia). Os alimentos que devem ser evitados são: frutas ácidas, açúcares concentrados (balas, doces, etc.), iogurtes, chás, salgadinhos, produtos de tomate, café, frituras e comidas condimentadas. Existem, também, os alimentos proibidos: chocolate, refrigerante e coco. A dieta deve ser espessa, do tipo mingau, de acordo com a recomendação do médico.

 

10 – O fato de a criança não arrotar após a alimentação tem alguma relação com o refluxo gastroesofágico?

Não, necessariamente. A forma com que a mãe carrega a criança pode fazer com que ela, ao arrotar, reflua. A posição ideal para se colocar o bebê, depois que ele mamou, é “em pé”, no colo da mãe, de modo que não se faça algum tipo de pressão ou força para que ele arrote. Depois de mais ou menos uma hora após amamentar, coloque-o de bruços no berço elevado ou de lado. O importante é a mãe não apertar a barriga da criança.

 

11 – Tem dias em que a criança tem refluxo com maior intensidade. Há algo que explique tal fato?

Sim, vários fatores podem interferir no refluxo. Tipo de alimentação que a criança teve, a quantidade que comeu, a pressão que foi exercida no abdômen da criança e a posição da mamada são alguns deles.

 

12 – O refluxo é hereditário?

Alguns pesquisadores supõem que o refluxo seja hereditário, isso é, passa de pai para filho, mas não existem, ainda, pesquisas que comprovem tal fato.

 

13 – O estado emocional da criança tem influência no refluxo?

Sim, fatores emocionais podem influenciar todas as partes do corpo. Em alguns casos, o tratamento psicológico pode ser feito em associação com o medicamento.

 

14 – Crianças maiores, com sete ou oito anos, devem dormir com a cama elevada?

Para crianças maiores, não é necessário erguer tanto a cama, bastando apenas 30cm. O importante é que elas não comam antes de dormir.

 

15 – Mesmo com a cama elevada e o suspensório, algumas crianças só conseguem dormir de lado. Essa posição é válida para o tratamento?

Sim, desde que seja a posição lateral direita (deitado sobre o braço direito).

 

16 – Todas as crianças com refluxo ficam curadas?

A grande maioria das crianças, quando fazem a dieta, o tratamento com remédios e eliminam as causas agravantes, como as alergias, curam o refluxo totalmente.

 

17 – Quais as crianças que devem ser tratadas?

Todas as crianças que apresentam algum tipo de sintoma clínico devem ser tratadas. As crianças que não apresentam nenhum sintoma além do vômito e desenvolvem bem, não precisam de tratamento medicamentoso.

 

18 – Quando o médico deve suspeitar que uma criança tenha refluxo, apesar de ela não apresentar vômitos?

Sempre que tivermos uma criança com problemas repetidos das vias aéreas ou do aparelho abdominal, temos que pensar, entre outras causas, em refluxo. Crianças com dor abdominal persistente, que não ganham peso, crianças com infecções repetidas como gripes, amigdalites, otites e bronquites, podem ter como fator causal, desencadeante, ou intensificador do refluxo. Ninguém tem o direito de pensar que, quando se descobre o refluxo numa criança com problemas, principalmente respiratórios, a solução foi encontrada, muitas vezes, temos outras causas associadas que produzem essas doenças.

 

19 – Quanto tempo dura o tratamento clínico até a cura do refluxo?

O tratamento dura, em média, de seis a dois anos, mas varia muito de criança para criança e depende das causas associadas.

 

20 – Conselhos:

- Permanecer com a criança no colo, até ela arrotar;

- Evitar ficar chacoalhando a criança após as mamadas;

- Evitar manobras que aumentam a pressão intra-abdominal, por exemplo, abraçá-la pela barriga;

- Não tomar refrigerantes;

- Não comer chocolate, Nescau e coco;

- Não comer deitado;

- Não deitar após comer;

- Não correr após comer;

- Não trocar as fraldas após mamar, e não levantar as pernas sobre a barriga na hora de trocar as fraldas.

 

DEDICO ESTE POST À PAULA E SUA BONEQUINHA VALENTINA!!!

 

 

 

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